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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Jornalista denuncia relação promíscua do governo com empresários de comunicação na Paraíba


Ex-senador Roberto Cavalcanti é dono do Sistema Correio de Comunicação

Empresário de comunicação estacionava seu avião particular no hangar do Governo da Paraíba

Essa relação promíscua entre empresários de comunicação e governo não é nova, não nasceu agora como alguns podem pensar, vem dos tempos de antigamente, quando nem internet existia. Esse caso do avião da São Braz no hangar do Governo causa espanto aos mais novos, aos mais antigos, porém, não passa de uma repetição enfadonha de outros atos semelhantes e, igualmente, imorais.

O próprio Sistema Correio, que detonou o caso, esquece que no outro Governo de Zé Maranhão o jornal Correio era rodado nas oficinas de A União, o papel também vinha de lá e a tinta idem. Sem contar com o fato de o jornal mais forte e engajado ter o privilégio, à cada inicio de gestão, de indicar o secretário de comunicação, responsável pela administração das verbas da publicidade oficial.

E nesse quesito, o Correio leva vantagem sobre os concorrentes. Não se tem notícia de algum secretário de comunicação indicado pelo O Norte dos tempos de Marcone Góes, ou pelo próprio Jornal da Paraíba, do poderoso grupo canjiquinha.

Só para refrescar a memória, o Correio indicou Giovani Meireles para secretário de Zé Maranhão no primeiro Governo de Zé. Giovani, para os esquecidos, era o editor do Correio, por sinal um baita editor, com o qual convivi e de quem guardo boas e gratas lembranças.

No outro Governo de Zé, este que está sendo alvo da denúncia sobre o uso do angar oficial pelo avião de Eduardo Carlos, foi o Sistema Correio o responsável pela indicação de Lena Guimarães para o cobiçado cargo de secretária de comunicação. A verba passava pelas mãos de Lena, que a distribuía com a ajuda da agência de Ruy Dantas.

Aliás, contam os faladores que quando o pessoal do Correio quer se ver livre de um editor, nomeia-o secretário de comunicação do Governo. O pobre assume o cargo oficial se achando o maioral e depois que cai, nunca mais volta ao lugar de origem.
Parodiando o inesquecível e injustiçado Luiz Otávio, “o que me mata é a minha memória”.

Tião Lucena

Publicado em
www.blogdotiaolucena.com.br