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domingo, 21 de outubro de 2012

Seminário destaca importância da mídia comunitária para mobilização social


A comunicação comunitária é tema de um encontro realizado no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na zona sul da capital fluminense. É o 1º Seminário Regional de Comunicação Comunitária, que terminou quinta-feira (19).




Na mesa de abertura, os palestrantes introduziram o tema ao responder “O que é comunicação comunitária?”. A comunidadora popular, Gizele Martins, mediadora da mesa, destacou que a comunicação comunitária tem o papel de mobilizar comunidades. Ela ainda acrescenta que é na comunicação comunitária que manifestações culturais populares como o funk são analisadas sem serem criminalizadas, como faz mídia tradicional.

Tião Santos, representante da organização Viva Rio, falou sobre gênese do movimento de rádios comunitárias no Brasil. Ele contou que em 1995 um grande encontro definiu os três princípios da radiodifusão comunitária, são eles: sem fins de lucro, a pluralidade e a gestão democrática e coletiva.

Sobre a lei 9.612, atual lei da radiodifusão comunitária, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Patrícia Saldanha, ressaltou que ao proibir a formação de redes de rádio, a norma estaria restringindo o potencial da experiência comunitária.
A importância das novas tecnologias foi destacada pelo representante do Obervatório de Favelas, do Rio de Janeiro, Thiago Ansel, que apresentou um mapeamento de veículos de comunicação em favelas e espaços populares. Segundo ele, dos 73 veículos mapeados, 46 apareceram na última década, o que se justificaria pelo surgimento das novas tecnologias.
Thiago ainda reforçou que as mídias comunitárias tem fundamental importância em espaços como as favelas, pois também servem para valorizar as vidas que ali vivem, além de “politizar os debates e demandas” desses locais.

Outro palestrante, Daniel Perini, da Fábrica do Futuro de Cataguases, Minas Gerais, deu exemplo de projetos de residência criativa com audiovisual. Além de apresentar experiências de alguns projetos colaborativos, Daniel ressaltou que para comunicação comunitária é importante o empoderamento e a autonomia dos participantes.

Segundo ele, nos processos colaborativos não é possível trabalhar individualmente. Daniel afirma que para “ gerar um coletivo que se fortaleça é preciso que haja revezemanto nas funções inclusive no campo da comunicação”.

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