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terça-feira, 22 de abril de 2014

Policial Federal acusado de truculência contra rádios comunitárias é autor de assassinato de corretor de seguros em Campinas/SP


O agente da Polícia Federal José Fernando Valente foi responsabilizado pelo assassinato de um corretor de seguros em Campinas, São Paulo, na última-quinta feira, 17 de abril, segundo publicou o jornal Correio Popular. O crime se deu após discussão no trânsito, conforme apurou a reportagem.

A matéria

Morreu por volta das 23h30 deste sábado (19) o corretor de imóveis Thiago Rocha, de 40 anos, que foi esfaqueado pelo policial federal José Fernando Valente, de 54 anos, durante uma briga de trânsito no bairro Taquaral, em Campinas, na última quinta-feira (17). Ele estava internado em estado grave no hospital Mário Gatti depois de ter sido foi atingido no abdômen e no braço. 

O policial federal José Fernando Valente preso em flagrante após esfaquear o corretor e levado para a carceragem da Polícia Federal em São Paulo, foi transferido neste sábado (19) para a prisão da superintendência da PF na Capital. 

O crime

Segundo a polícia, os dois se envolveram em um acidente de trânsito leve no cruzamento da Avenida Nossa Senhora Auxiliadora com a Rua Roberto Simonsen, por volta das 14h30, da última quinta (17) e iniciaram uma discussão. Neste momento, Valente sacou uma faca e agrediu Rocha, que foi socorrido pelo Samu. O carro da vítima ficou com marcas de sangue.

Truculência

O policial é figura conhecida dos radialistas comunitários da região pelas atitudes repressivas contra rádios comunitárias, agindo sempre com arrogância e humilhação contra os operadores de radcom, segundo ativistas do movimento de rádios livres e comunitárias. O comportamento do policial, considerado violento e descabido nas ações repressivas contra comunidades pobres que operam rádios comunitárias, foi motivo de denúncias na Corregedoria da PF e no Ministério Público Federal, segundo informa Jerry Oliveira, da Rádio Comunitária Noroeste FM, de Campinas. Se o Ministério Público tivesse ao menos investigado as nossas denúncias, talvez este policial tivesse pensado duas vezes antes de cometer este assassinato cruel e torpe. Pois, ao que parece, nossas denúncias não são investigadas, fortalecendo a impressão de impunidade”, afirmou Oliveira.