O
agente da Polícia Federal José Fernando Valente foi responsabilizado pelo
assassinato de um corretor de seguros em Campinas, São Paulo, na última-quinta
feira, 17 de abril, segundo publicou o jornal Correio Popular. O crime se deu
após discussão no trânsito, conforme apurou a reportagem.
A matéria
Morreu
por volta das 23h30 deste sábado (19) o corretor de imóveis Thiago Rocha,
de 40 anos, que foi esfaqueado pelo policial federal José Fernando Valente, de
54 anos, durante uma briga de trânsito no bairro Taquaral, em Campinas, na
última quinta-feira (17). Ele estava internado em estado grave no hospital
Mário Gatti depois de ter sido foi atingido no abdômen e no braço.
O
policial federal José Fernando Valente preso em flagrante após esfaquear o
corretor e levado para a carceragem da Polícia Federal em São Paulo, foi
transferido neste sábado (19) para a prisão da superintendência da PF na
Capital.
O crime
Segundo
a polícia, os dois se envolveram em um acidente de trânsito leve no cruzamento
da Avenida Nossa Senhora Auxiliadora com a Rua Roberto Simonsen, por volta das
14h30, da última quinta (17) e iniciaram uma discussão. Neste momento,
Valente sacou uma faca e agrediu Rocha, que foi socorrido pelo Samu. O carro da
vítima ficou com marcas de sangue.
Truculência
O
policial é figura conhecida dos radialistas comunitários da região pelas
atitudes repressivas contra rádios comunitárias, agindo sempre com arrogância e
humilhação contra os operadores de radcom, segundo ativistas do movimento de
rádios livres e comunitárias. O comportamento do policial, considerado violento
e descabido nas ações repressivas contra comunidades pobres que operam rádios
comunitárias, foi motivo de denúncias na Corregedoria da PF e no Ministério
Público Federal, segundo informa Jerry Oliveira, da Rádio Comunitária Noroeste
FM, de Campinas. “Se o Ministério Público tivesse ao menos investigado as
nossas denúncias, talvez este policial tivesse pensado duas vezes antes de
cometer este assassinato cruel e torpe. Pois, ao que parece, nossas denúncias
não são investigadas, fortalecendo a impressão de impunidade”, afirmou Oliveira.