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quinta-feira, 12 de março de 2015

Rádio comunitária da Paraíba abre vagas para estagiários

Fábio Mozart e Antonio Andrade, diretor da Rádio Rainha

A direção da Rádio Comunitária Rainha, de Itabaiana, Paraíba, publicou nota convocando jovens entre 16 e 25 anos, com segundo grau completo ou concluindo, para estagiar na emissora, nas áreas de reportagem, sonoplastia e outros setores da comunicação radiofônica comunitária. O diretor Antonio Andrade informa que o telefone para contato é (83) 3281.2117, pedindo que os interessados preparem curriculum informando experiências, para realizar a seleção dos estagiários.
A maioria das rádios comunitárias em funcionamento no país sofre com dificuldade financeira e seus gestores não sabem como é o funcionamento de emissora voltada para a comunidade, disse a mestre e professora em comunicação, Gabriela Manjelardo.  “O fator verba sem dúvida é um dos empecilhos, e isso impede o desenvolvimento de um trabalho de qualidade, porém a falta de conhecimento de como é uma comunicação comunitária é impressionante”, afirmou a pesquisadora.

“Uma comunitária não precisa ter profissionais especializados, pois ela é aberta para que as pessoas possam levar e obter conhecimentos a todo o seu bairro. Mas a realidade é outra. Alguns veículos não possuem espaço para a comunidade, não tem programação com prestação de serviço, utilidade pública ou informação e o lucro, interesses políticos e até religiosos são as prioridades” explicou Gabriela.
“A rádio Rainha faz um trabalho interessante na preparação de novos profissionais da própria comunidade”, afirmou Fábio Mozart, radialista comunitário paraibano, fundador de duas emissoras desse tipo.  
As rádios comunitárias surgiram para atender as demandas das comunidades, operam em 25 watts e sua maior dificuldade é a sustentabilidade, pois são sem fins lucrativos, mas todo o valor arrecadado deve ser investido na própria emissora.
As emissoras comunitárias de rádio e TV poderiam gerar cerca de 200 mil empregos para radialistas, jornalistas, produtores e outros profissionais da área se tivessem financiamento para produzir programação. A informação foi dada pelo presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários (Abccom), Paulo Miranda, durante o Fórum Brasil de Comunicação Pública.