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sábado, 6 de agosto de 2016

Amarc e a Marcha das Vadias ampliam debate sobre o machismo na mídia independente e comunitária

O que a mídia alternativa, independente e livre tem feito para incluir as mulheres? Por que muitos movimentos sociais denunciam a cultura de estupro, mas não realizam este debate dentro dos seus núcleos? Como a legislação das Rádios Comunitárias contribui para a reprodução de práticas opressivas?

Todas essas perguntas fizeram parte da roda de conversa sobre Machismo na Esquerda e Mídia Comunitárias nos Megaeventos, que ocorreu na manhã da última quarta-feira (3) durante a Jornada de Lutas contra Os Jogos da Exclusão. A Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc) e a Marcha das Vadias uniram as duas atividades para fazer uma discussão ampliada sobre as temáticas.

Ao todo, cerca de 40 pessoas participaram do encontro. A maior parte do público era composta de mulheres que encontraram na roda de conversa um espaço para compartilhar experiências e pensar em práticas que possam fortalecer a presença feminina nos coletivos.

Para a psicóloga e feminista Mariana Queiroz, os principais desafios das mulheres passam pela capacidade de se auto-organizar para compreender o tipo de violência que está ocorrendo e pelo debate sobre a forma de fazer e pensar política dentro do movimento.

Já o integrante do Conselho Político da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), Pedro Martins, falou sobre o machismo presente nas rádios comunitárias e na dificuldade das mulheres em participar dos espaços de decisão das emissoras.

Martins também destacou a necessidade urgente de mudança na lei 9612 que rege as rádios comunitárias no Brasil. Segundo ele, a legislação é restritiva por entender o conceito de comunidade como algo geográfico, não atendendo grupos de interesse como feministas e LGBTs que também poderiam se apropriar do rádio.


Amarc