Aperte o play e curta nosso som

sábado, 30 de abril de 2016

Rádios comunitárias, entre a burocracia e a Justiça

Piter Júnior

São quase vinte anos de luta por uma autorização para funcionar, dois de seus representantes respondendo a processos na Justiça, equipamentos de transmissão confiscados e multas administrativas. Essa é a realidade da Rádio Coité FM, veículo de radiodifusão comunitária do interior da Bahia. 
O caso é emblemático do que ocorre com a maioria das rádios comunitárias no Brasil. Sem autorização de funcionamento, que dependem de uma interminável burocracia, elas atuam às margens da lei.
Em 1998, junto a criação da Lei 9.612/98, que regulamenta o exercício das rádios comunitárias no Brasil, a ONG Movimento de Organização Comunitária (MOC) criou com um projeto de comunicação em determinadas regiões do País. O município de Conceição de Coité, situado 220km ao norte de Salvador, e com aproximadamente 65 mil habitantes, estava incluído.
Os primeiros equipamentos foram financiados e homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e possibilitaram o surgimento da rádio. Mas, para que o veículo começasse a transmitir legalmente, seria necessária, também, uma autorização de funcionamento por parte do Ministério das Comunicações (MinCom). 
De 1998 até hoje, foram emitidos três pedidos de autorização de funcionamento: o primeiro, feito ainda em 1998, só teve resposta mais de dez anos depois, em 2009, quando o MinCom alegou que o pedido havia se perdido por conta de coordenadas geográficas supostamente erradas.
O segundo foi enviado ainda em 2009 e posteriormente arquivado sem respostas. O último, emitido em 2013, teve o seu arquivamento anunciado no início do mesmo ano pelo ministério sob a alegação de que a rádio já estava em funcionamento, o que impedia a autorização. 
Em meio a esse processo burocrático, a Rádio Coité FM sofreu três intervenções de agentes da Anatel, que confiscaram seus transmissores e impediram que a rádio se mantivesse erguida.
“O Estado brasileiro promove uma patrulha contra a comunicação comunitária e popular. Além de um marco legal que limita os direitos desse tipo de comunicação, a prática da Anatel e da Polícia Federal são costumeiramente abusivas e desrespeitosas com a democracia”, diz Pedro Martins, representante nacional da Associação Mundial das Rádios Comunitárias (Amarc).
Segundo dados do Ministério Público, estima-se que o número de rádios comunitárias no Brasil esteja entre 10 e 12 mil. Em novembro de 2014 eram apenas 4.724 rádios comunitárias com funcionamento autorizado. Mais da metade delas, portanto, funciona na ilegalidade. “Atualmente, são fechadas, em média, duas rádios comunitárias por dia, cerca de 700 a 800 por ano”, acrescenta Martins.
“Após o primeiro pedido de outorga que fizemos, o processo se tornou uma perseguição, três transmissores já foram levados mesmo com a rádio funcionando somente aos finais de semana”, conta Zacarias de Almeida Silva, radialista, ex-presidente da Associação Rádio Coité Livre FM e mais conhecido pelos ouvintes da comunidade como Piter Júnior.
“Segundo os próprios agentes da Anatel que confiscaram os equipamentos, as visitas aconteciam por conta de denúncias anônimas”, explica.
Dados relativos a 2011, levantados pela Artigo 19, ONG que acompanha o caso Coité e trabalha desde 2006 no Brasil com o propósito de defender a liberdade da comunicação comunitária –, indicam que, em um período de quatro anos, houve um acúmulo de 11.832 processos pendentes em análise no MinCom.
Além dos inúmeros problemas que impossibilitam o exercício da radiodifusão comunitária, seus representantes ainda são condenados criminalmente.
Em março de 2013, Piter Júnior foi condenado pela Justiça Federal da Bahia a dois anos de detenção e a pagar multa de 10 mil reais por ter mantido a rádio em funcionamento sem a autorização devida.
“O que ocorre com a rádio em Coité e com o Píter faz parte de um contexto de políticas públicas muito escassas e criminalizadoras”, explica Camila Marques, advogada da Artigo 19. Como Píter Júnior era réu primário, sua condenação foi transformada em prestação de serviços sociais, mas a multa foi mantida.
Para a advogada, “processar o indivíduo criminalmente significa deixar uma série de marcas, que não só interferem na vida e na liberdade de expressão dessa pessoa, mas também no exercício de liberdade de expressão da sua comunidade, da sociedade como um todo.”
Diferentemente das rádios clandestinas, que são veículos comerciais que atuam sem autorização, as comunitárias caracterizam-se por fins sociais não lucrativos e pela pela baixa potência do transmissor.



 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

PNO para comunidades tradicionais prevê rádios comunitárias em 126 municípios


O PNO foi elaborado pelo MC em conjunto com as entidades representativas dos povos e comunidades tradicionais (populações de matriz africana, ribeirinhas, quilombolas, residentes em assentamentos rurais ou colônias agrícolas). Durante uma série de reuniões no ministério, as entidades indicaram uma lista de municípios em todo o Brasil que possuíam associações ou fundações civis pertencentes aos Povos e Comunidades Tradicionais com uma estrutura mínima necessária para executarem o serviço de radiodifusão comunitária.
O Plano Nacional de Outorga contém dois editais, que vão ser lançados em junho e setembro de 2016. O primeiro vai selecionar entidades para operar novas rádios comunitárias em 67 municípios. A segunda chamada pública vai contemplar mais 59 localidades com novas emissoras.


Eventual governo Temer pode acabar com Ministério das Comunicações, diz agência


A presidente Dilma Rousseff nem caiu ainda, e talvez nem vá, mas o “suposto governo” do vice-presidente Michel Temer continua sendo destaque. Dessa vez, segundo a Reuters, a notícia é de que Temer iria extinguir o Ministério das Comunicações.
Caso esse ministério seja fechado, suas atribuições passariam a ser realizadas pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). Segundo as fontes ouvidas pela agência de notícias, o Ministério das Comunicações possui hoje poucas funções e cuida apenas de concessões. A Secom já é responsável pelo atendimento à imprensa.
De acordo com as informações cedidas pela fonte, com avanço dos marcos legais (como o Marco Civil da Internet) e as agências reguladoras (como a Anatel), o Ministério das Comunicações não precisaria ser mantido.
Além dessa transferência de responsabilidades, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência deixaria de administrar as verbas publicitárias das empresas estatais, passando a responsabilidade para a Casa Civil.
A atitude de Temer teria o objetivo de cortar diversas pastas e aglutinar as funções em outros departamentos. No total, seriam sete ministérios a serem excluídos.

Franquia de internet

Um possível fim do Ministério das Comunicações pode enfraquecer a luta dos internautas contra a implantação de uma franquia fixa de dados na internet de banda larga fixa. Isso porque a pasta já havia se manifestado anteriormente contra a medidas.
O governo federal estaria, inclusive, dialogando com as operadoras para firmar um termo de compromisso que garanta a oferta de planos ilimitados. O documento exigiria que as operadoras mantivessem a existência de alguns planos sem limite de consumo de dados, proibiria mudanças em contratos existentes e solicitaria ainda o desenvolvimento de ferramentas que ajudem o usuário a controlar seu consumo.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

OUÇA OS QUATRO BLOCOS DO MULTIMISTURA DESTA SEMANA - RÁDIO ZUMBI


ROTEIRO DO MULTIMISTURA –

BLOCO 1
== DELAÇÃO PREMIADA. Querem pegar no pé do cigano Beto Palhano.

== Marcos Veloso tem pauta bomba.

== Comentários, alguns desairosos, sobre o ensaio romântico da mulher do Ministro de Turismo.

== Maconha também é tema da conversa deste bloco. Overdose de opiniões desencontradas, onde entra a garrafada de Tia Neves e outros ingredientes informais.

== O grupo do MULTIMISTURA continua em estado de alerta. Alguns em estado de desobediência civil. O leão velho Fábio Mozart declara-se em estado de choque com a crise política. No fim, todos ficam em estado sossegado com o licor de Tia Neves.

OUÇA AGORA NO RADIOTUBE:


----------------------------------------------------------------------------------

BLOCO 2 

Ø  Marcos Veloso se invoca com cobranças indevidas do colega Fábio Mozart.

Ø  Dalmo Oliveira fala sobre o papo que levou com a galera do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, o que dá motivo para rolar conversa sobre políticas culturais naquela cidade.

Ø  Márcio Bizerril mandou uma cerâmica artística para sortear com ouvintes do Multimistura ou do Alô Comunidade, o que chegar primeiro. Ganhe uma bela peça representando a arte africana, mande recado para o Facebook de Fábio Mozart.

Ø  Danielle Gomes foi citada como pré-candidata a vereadora em Pilar.

Ø  Na festa da entrega do Prêmio Leonilla Almeida, só faltou o poeta Zanoni Ybervile.

Ø  Alô pra Dedé Arnô do Ceará.

OUÇA AGORA NO RADIOTUBE:


BLOCO 3
Ø  Obra em cerâmica de Márcio Bizerril em sorteio no Multimistura.

Ø  Multimistura misturou papo leso com garrafada de Tia Neves contra inflamação e protetor contra golpe, inclusive de vista. Serve pra brochura e dor localizada no lado esquerdo do chifre do suplicante.

Ø  Fabiana Veloso protesta contra onda conservadora, com perfil da década de 40, de uma revista semanal. Interessante e vazio diálogo sobre o poder da bunda no contexto social e político.

Ø  Dalmo vai mandar a garrafada de Tia Neves para Michel Temer poder dar o golpe certeiro na futura primeira dama bela, delicada e do lar.

Ø  Papo resvalou perigosamente para a cena política de João Pessoa, com sintomas de cusparadas na Câmara Municipal.


OUÇA AGORA NO RADIOTUBE:



BLOCO 4

Ø  Críticos ignorantes de cinema analisam o novo longa metragem de Jacinto Moreno.
Ø  Discurso sobre cusparada e falso moralismo.

Ø  Cusparada moral: Marcos Veloso implica com Beto Palhano, acusado de embaraçar o seu pensamento e passar notícias falsas. Fábio Mozart pede urgente aprovação de código de ética para o Multimistura, antes que saia a primeira cusparada.

Ø  Jornalista Sérgio Ricardo é o nosso novo parceiro na mídia alternativa, no DiarioPB, tocando o Multimustura para o planeta ver e ouvir que aqui tem vida inteligente no rádio web (há controvérsia...)

Ø  Adeildo Vieira toca João Balula no final deste bloco.

OUÇA AGORA NO RADIOTUBE:






sábado, 23 de abril de 2016

Mais um portal da Paraíba retransmite o “Alô comunidade” da Zumbi

O programa “Alô comunidade”, produzido pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, de João Pessoa, aumentou sua rede de emissoras e sites que retransmitem ou reproduzem as gravações das edições, geradas a partir da Rádio Tabajara da Paraíba AM. Trata-se do DiarioPB, portal de notícias sobre política, cultura, entretenimento, tecnologia, literatura, música e eventos. Além do “Alô comunidade”, o portal se propõe a divulgar toda a programação da Zumbi.

No ano em que completa cinco anos no ar, o “Alô comunidade” abriga treze rádios comunitárias e rádios postes na sua rede de emissoras que retransmitem o programa, além de portais e blogs da internet. É o único programa temático sobre comunicação alternativa e comunitária transmitido por uma rádio pública no Brasil. Conforme Fábio Mozart, um dos produtores do programa, os conteúdos da Rádio Zumbi são extensamente focados na comunicação comunitária. 

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Poeta de Guarabira (PB) concede entrevista ao programa “Alô comunidade” neste sábado


O poeta e artista plástico Márcio Bizerril estará ao vivo no estúdio da Rádio Tabajara da Paraíba AM neste sábado, 23 de abril, às 14 horas, em João pessoa, participando do programa “Alô comunidade”, o único no Brasil com temática sobre comunicação alternativa transmitido por uma rádio pública. Bizerril será sabatinado pelos radialistas Fábio Mozart e Dalmo Oliveira, da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, âncoras do programa.

Márcio Bizerril, “o poeta das cores”, participou da vida cultural de sua cidade, Guarabira, em sua fase mais efervescente. Atualmente reside em João Pessoa. Ele leva sua arte como poeta de cordel para escolas, dando palestras em praça pública e onde tiver espaço para um artista popular mostrar seu talento e seu amor pela cultura.

O programa é retransmitido por um “pool” de emissoras comunitárias e rádio-postes, além de blogs e sites na internet, como forma de diminuir o descompasso entre o receptor (a sociedade) e sua realidade, já que a mídia tradicional “não atende aos interesses comunicacionais das pequenas comunidades”, segundo Dalmo Oliveira. 
“Alô comunidade” é um programa da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares em parceria com a Rádio Tabajara da Paraíba AM – Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, Coletivo de Jornalistas Novos Rumos, Sociedade Cultural Posse Nova República.
Produção e apresentação de Dalmo Oliveira, Fábio Mozart, Beto Palhano e Marcos Veloso. Sonoplastia de Maurício Mesquita.

Ouça em tempo real a partir das 14 horas pela Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110) ou na internet pela Comunitária Zumbi dos Palmares:
Ou pelo site da Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 KHZ):
Pode ser ouvido nos blogs

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Rádio “comunitária” de Sumé (PB) denunciada por operar como emissora particular

O Tribunal Regional do Trabalho – 13ª REGIÃO em decisão proferida pela Juíza Maria Lilian Leal de Souza, em relação ao processo nº 00018.2012.014.13.00-5, acatou denuncia de ex-integrante de Rádio Comunitária Alternativa FM de Sumé, alegando que seu ex-presidente (formalmente) usa a rádio para fins particulares. Trata-se do processo impetrado contra a Rádio Comunitária de Sumé/PB, e que, segundo a Justiça do Trabalho não houve pagamento de uma dívida trabalhista em favor do radialista Marivaldo Alcântara, ex-diretor da emissora. Com a negativa do pagamento da reclamação trabalhista, o radialista propôs a desconsideração da personalidade jurídica da Rádio Comunitária Alternativa FM para seu ex-presidente João Pereira Filho, pai do vereador Juan Pereira, ambos filiados ao PSDB do Município.

De acordo com a sentença houve ausência de pagamento dos créditos trabalhistas, associado à inexistência de bens de propriedade da Rádio Alternativa FM, que se existissem deveriam ser expropriados judicialmente para pagamento da dívida ao ex-integrante da rádio, demonstrando desta forma que houve abuso de poder, má administração e infração da legislação trabalhista em proveito de seu representante legal.

A juíza Maria Lilian Leal de Souza entendeu que a executada descumpriu algumas regras impostas à estruturação e ao funcionamento das rádios comunitárias, destacando-se, para os fins deste feito, o fato de sua presidência ser exercida exclusivamente pelo senhor João Pereira Filho e familiares, o que denota inexoravelmente que a rádio é gerida como se particular fosse para atender interesses pessoais.

A Justiça aplicou a doutrina da desconsideração da personalidade jurídica em relação à situação posta nos autos para determinar a inclusão do senhor JOÃO PEREIRA FILHO como RÉU.
Em denúncia também formulada junto à Procuradoria da República em Campina Grande/PB, figuram também os mesmos fatos comprovadores das atitudes ilícitas praticadas por João Pereira, quando da concessão (simulação) e constituição da Rádio Alternativa FM Sumé com a única finalidade de se esquivar do pagamento de obrigações trabalhistas de seus funcionários e encargos previdenciárias perante o órgão responsável (INSS).

O fato é público e notório na cidade de Sumé, que o João Pereira é o proprietário da Rádio Alternativa FM, pois a mesma opera como uma emissora privada, e não como determina a legislação brasileira de rádios comunitárias, que de comunitária não tem nem o nome, pois a população não tem acesso a nada junto à emissora, todas as decisões na grade de programação são tomadas por João Pereira, ferindo assim, o próprio Conselho Comunitário da Associação, que é composto por associações fictícias com o único intuito de mascarar uma associação comunitária que só existe no papel.

Ainda nas denuncias apresentadas em desfavor a Rádio Alternativa FM é citada que a emissora comunitária de Sumé foi adquirida ao Ministério das Comunicações pelo senhor João Pereira, ferindo frontalmente a Legislação Federal, bem como, o decreto n.º 2.620/98, que comprova que a concessão feita ao empresário João Pereira foi com o objetivo de atender a seus interesses pessoais, políticos e empresariais, já que o mesmo é empresário, político e dirigente partidário e não reside no bairro sede da emissora, requisito este que a legislação de rádios comunitárias preconiza.

Numa simples leitura no estatuto da suposta sociedade que foi constituída mediante fraude para esconder o seu verdadeiro proprietário, João Pereira Filho, observa-se que desde a constituição da referida entidade, houve uma alternância na presidência, entre João Pereira e sua esposa. Contudo, após impetrada a denúncia como tentativa de ludibriar a Justiça, a emissora realizou às pressas uma eleição para mudar a presidência com o objetivo único e exclusivo de não prejudicar os ex-presidentes para não haver a configuração de uso particular da emissora por parte de João Pereira, contrariando desta forma a decisão judicial.

Cariri em Ação



terça-feira, 19 de abril de 2016

PARAÍBA

Bairro de João Pessoa faz aniversário e ganha rádio comunitária

Os 223 municípios da Paraíba estão representados em Mangabeira. É uma cidade dentro da nossa Capital, um polo de desenvolvimento com shopping, bancos, jornal, concessionária de carros e diversos outros estabelecimentos comerciais. Agora também tem uma emissora de rádio. Um bairro em constante desenvolvimento, que completa 33 anos de transformação.
No dia 18 de abril, a Rádio Comunitária Mangabeira FM foi liberada pelo Ministério das Comunicações. A emissora é órgão da Associação Mangabeira de Todos, com sede na rua Rita Xavier de Oliveira, nº 18. Jonildo Cavalcanti, representante da Associação Paraibana de Rádio Comunitária, explica que a Radcom vai beneficiar diversos setores da sociedade. Ele e o líder comunitário e radialista José Gonçalves lutaram desde o início pelo projeto da Rádio Comunitária Mangabeira. O próprio Jonildo comanda a única rádio comunitária outorgada na capital da Paraíba, a Cruz das Armas FM.
“Os segmentos sociais, culturais, educativos e a comunidade em geral esperam há tempos por esse meio de comunicação, que será de grande utilidade para comunidade de Mangabeira. O importante foi unir toda a comunidade, lideranças e segmentos sociais da comunidade em torno de um projeto bem maior e coletivo que beneficiará toda comunidade”, completa Jonildo.
Agora o processo segue para a Casa Civil, quando receberá a aprovação da presidenta Dilma Rousseff. De lá, será encaminhado ao Congresso Nacional, responsável por finalizar o processo de outorga via Decreto Legislativo.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Programa MULTIMISTURA destrincha a papagaiada que ocorreu na Câmara dos Deputados

Os nossos comentaristas, Fábio Mozart, Dalmo Oliveira, Fabiana Veloso, Beto Palhano, Marcos Veloso e Ivaldo Gomes, fazem uma análise sincera e risonha dos últimos acontecimentos no Parlamento Federal em Brasília.

sábado, 16 de abril de 2016

ALO COMUNIDADE 307 NAO VAI TER GOLPE

 



Nesta edição os radialistas comunitários da Rádio Zumbi dos Palmares, Dalmo Oliveira, Fábio Mozart, Beto Palhano e Ivaldo Gomes, promovem uma discussão democrática sobre o processo de impedimento enfrentado pela presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados

PARÁ

Encontro de radiodifusão discute a importância das rádios comunitárias




  Na manhã desta terça-feira (12) o Teatro Estação Gasômetro recebeu cerca de 120 representantes de diversas associações comunitárias de todo o Pará. De Tracuateua, nordeste do Estado, a Canaã dos Carajás, no sudeste, 80 associações da sociedade civil organizada participaram do I Encontro de Comunicação Comunitária e Radiodifusão, promovido pelo Ministério das Comunicações e a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). No evento também estiveram presentes a presidente da Rede Cultura de Comunicação, Adelaide Oliveira, o deputado estadual Miro Sanova (PDT), o titular da Secom, Daniel Nardin, e a coordenadora geral de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Eliane Almeida.
"Quando houve a fiscalização da Anatel, em 1998, nossa rádio foi fechada porque não estávamos legalizados. Agora estamos vendo a oportunidade de legalizar e retomar as atividades. Nosso município precisa de uma rádio para que o produtor rural e o comerciante possam falar do trabalho, onde o cidadão possa anunciar que perdeu um documento, por exemplo, e que isso seja de graça pra eles. É por isso que estamos aqui". A declaração do radialista Manoel Porfírio, de Igarapé-Açu, no nordeste paraense, retrata boa parte da situação das rádios comunitárias hoje no Pará, já que muitas funcionavam de maneira ilegal e tiveram que ser fechadas. Ao todo, dos 144 municípios paraenses, 130 conseguiram legalizar ao menos uma rádio comunitária, uma realidade que, segundo o Ministério das Comunicações, será alterada e para melhor.
Trâmites – Eliane Almeida explicou que o principal objetivo do ministério é cobrir 100% do Pará. "O que queremos é democratizar a comunicação sem burocratizar. Para isso estamos trazendo este curso de capacitação, em que são explicados todos os passos do novo Plano Nacional de Outorgas (PNO), para que as associações interessadas possam enviar a documentação em tempo hábil", explicou. Dentre as principais mudanças da desburocratização está a diminuição da quantidade de documentos que o radidifusor precisa emitir, que antes eram 30 e hoje são apenas nove. Além disso, há ainda a possibilidade de um município ter mais de uma rádio comunitária, desde que a distância entre cada uma seja de quatro quilômetros.

Ministrado pelo técnico de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Diego Armando, o curso de capacitação mostrou todas as etapas do novo processo do PNO e esclareceu as dúvidas dos participantes. "Hoje o radiodifusor tem o prazo de 60 dias para enviar, inicialmente, sete documentos comprobatórios da associação interessada em habilitar uma rádio comunitária. Na fase de finalização são apenas dois, incluindo a taxa simbólica de R$ 20", informou, elucidando ainda questões relativas à organização das associações interessadas. Ele deixou claro que pessoas físicas não podem pleitear a concessão de uma rádio comunitária, mas sim apenas associações ou organizações voltadas para a comunidade.
Democratização – Para Daniel Nardin, o encontro, inédito no Estado, é importante por mostrar a aproximação que a Secom buscou com o Ministério das Comunicações, para facilitar o acesso de quem trabalha com comunicação comunitária. "Antes uma associação, uma comunidade, para conquistar sua rádio teria que se deslocar a Brasília e passar por todo um processo burocrático. Agora o ministério veio ao Pará e está conversando diretamente com eles. Este momento traz para o Estado informação, esclarecimento e transparência. Ferramentas fundamentais para que a gente tenha uma melhor democratização da comunicação", destacou.

Além do curso de capacitação para o Plano Nacional de Outorgas, os participantes também puderam entender o processo de solicitação das oficinas do Projeto Biizu, da Secom, que desde 2011 leva cursos de aperfeiçoamento em comunicação comunitária nas áreas de jornalismo (jornal impresso e web), texto, fotografia, audivisual e rádio, para todo o Pará.
O secretário de Comunicação ressaltou que o trabalho da Secom junto às associações, via Projeto Biizu, não está apenas na qualificação de quem já faz a rádio comunitária. "Temos que levar a informação para as associações que desejam ter essa rádio. Essa comunicação tem um papel fundamental na sociedade hoje, que é o papel de transformação social e cidadania. É isso que todos precisam compreender. Vamos levar cada vez mais o acesso à comunicação para as comunidades e associações do interior do Estado", finalizou.
O novo edital do Plano Nacional de Outorgas será publicado no Diário Oficial da União no próximo dia 18. A partir desta data as associações interessadas terão 60 dias para enviar a documentação ao Ministério das Comunicações. As novas localidades no Pará a ser contempladas pelo PNO são: Acará, Água Azul do Norte, Baião, Barcarena, Belém, Belterra, Breu Branco, Canaã dos Carajás, Curralinho, Goianésia do Pará, Itaituba, Itupiranga, Juruti, Marabá, Moju, Novo Repartimento, Óbidos, Ourém, Pacajá, Paragominas, Santarém, São Sebastião da Boa Vista, Terra Alta e Trairão.

 Danielle Franco
Secretaria de Estado de Comunicação





quinta-feira, 14 de abril de 2016

Programa de debate na Zumbi tem recorde de acessos

Da esquerda para a direita: Beto Palhano, 
Ivaldo Gomes, Fábio Mozart e Dalmo Oliveira (Foto: Marcos Veloso)













Com o objetivo de provocar e debater temas livres, em um ambiente descontraído, a Web Rádio Zumbi dos Palmares apresenta, em caráter experimental, o programa MULTIMISTURA, que tem sido a grande atração dos internautas nos últimos dias, com recordes de acessos na emissora.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Em ato no Rio, Beth Carvalho defende rede democrática de comunicação


A sambista Beth Carvalho deu literalmente o tom no ato que reuniu artistas e intelectuais hoje (11), no bairro da Lapa, região central do Rio de Janeiro. Ela encerrou as falas com uma sugestão: “Proponho construir uma rede democrática de comunicação em defesa da legalidade tal como fez o inesquecível (Leonel) Brizola em 1961”. A cantora defendeu que essa rede tenha, como “cabeça”, a EBC, TV Brasil, Rádio Nacional, TVT, TVs educativas, rádios comunitárias “e todos os que quiserem participar e quiserem ajudar a derrotar esse golpe”.
 “Essa ferramenta faria contraponto para mobilizar o povão que não tem alternativa de informação”, acrescentou Beth Carvalho, que entoou um samba recém-composto: "Não vai ter golpe de novo/ reage, reage meu povo”.
O cantor e compositor Nelson Sargento, de 91 anos, saudado pela comunidade artística no palco, declarou: “Eu não ia dormir sossegado se não tivesse vindo aqui hoje”. Recebeu um beijo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Juntos
Como sempre muito esperado e aplaudido desde o início do evento, o cantor e compositor Chico Buarque falou três frases. “Não teria muito mais coisas a dizer do que já disse no Largo da Carioca (no dia 31). Já que cheguei aqui e fiquei besta quando vocês começaram a dizer ‘Chico eu te amo’, nós também amamos todos vocês e essa energia. Estaremos juntos em defesa da democracia. Não vai ter golpe”, disse Chico.
Também muito aplaudido, o teólogo Leonardo Boff usou bom humor: “É muito bom eu falar por último, para fazer o sepultamento do impeachment”, afirmou. “Eles também (os golpistas) falam em democracia. A democracia dos ricos. Democracia para os ricos nós não queremos. Queremos uma democracia social inaugurada por Lula e Dilma. Queremos uma democracia participativa, que enriqueça a democracia representativa, que vem de baixo, onde os movimentos sociais contam. A crise trouxe a pergunta: que Brasil nós queremos? As ruas estão mostrando.”


sábado, 9 de abril de 2016

Alo Comunidade306Eudo Jansen

 



Nesta edição Fabio Mozart conversou com Eudo Jansen especialista em comunicação em mídias digitais e mestrando em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

“Alô comunidade” recebe a visita de Eudo Jansen Neto, especialista em comunicação

O programa “Alô comunidade” entrevista neste sábado, 9 de abril, o pesquisador Eudo Jansen Neto, especialista em comunicação em mídias digitais e mestrando em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Durante o programa, tocaremos música das Afro-Nordestinas, duo de rapperes criado no ano de 2003 na cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, integrado pelas MCs Kalyne Lima e Juliana Terto, na sessão “Música Popular Paraibana de Qualidade”.

“Alô comunidade” é um programa da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares em parceria com a Rádio Tabajara da Paraíba AM – Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, Coletivo de Jornalistas Novos Rumos, Sociedade Cultural Posse Nova República.
Produção e apresentação de Dalmo Oliveira, Fábio Mozart, Beto Palhano e Marcos Veloso. Sonoplastia de Maurício Mesquita, com assistência de estúdio de Nina Correia.

Ouça em tempo real a partir das 14 horas pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares:

Ou pelo site da Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 KHZ):

Pode ser ouvido nos blogs

terça-feira, 5 de abril de 2016

Mulheres radialistas divulgam carta à população brasileira

Ativistas se reuniram em Campinas (SP)


















A Rede de Mulheres da Amarc Brasil – Associação Mundial de Rádios Comunitárias – reunida na Assembleia da entidade nos dias 1 a 3 abril, em Campinas/SP, que tem como princípios a defesa do direito humano à comunicação e da democratização da comunicação, manifesta sua preocupação com o momento atual em que a democracia está em risco.


domingo, 3 de abril de 2016

ALO COMUNIDADE 305 MARGARETH DINIZ BERNARDINA FREIRE

 



Nesta edição entrevistamos as candidatas à Reitoria da UFPB, as professoras Margareth Diniz e Bernardina Freire, na última rodada de entrevistas exclusivas com os/as reitoráveis. Produção e apresentação de Dalmo Oliveira. Locução e apoio de estúdio de Beto Palhano. Sonoplastia de Maurício Mesquita.

Entidades promovem poesia popular em rádios comunitárias da Paraíba

Xilogravura de Josafá de Orós, um dos artistas componentes do projeto

A Academia de Cordel do Vale do Paraíba e o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar promovem o projeto “Cordel na rádio comunitária”, que vai abordar a vida e obra dos poetas Antonio Costta, Sander Lee, Bob Motta, Josafá de Orós, Rui Vieira, Heleno Alexandre e Walter Mário Goes, o Vavá da Luz. O objetivo é possibilitar a visibilidade dos poetas populares, “tradicionalmente excluídos como sujeitos do processo simbólico”, conforme afirma o também poeta Fábio Mozart, proponente do projeto que será financiado pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, da Secretaria Estadual de Cultura.

As duas entidades realizaram reunião de trabalho com café da manhã na residência do poeta Sander Lee, em João Pessoa, neste sábado, 2 de abril, onde se tratou ainda da organização da exposição de Thiago Alves e Otto Cavalcanti e entrega do Prêmio Leonilla Almeida em 25 de abril, evento promovido pelas duas associações culturais, na Fundação Casa de José Américo.

O projeto produzirá um livro com trechos da produção dos vates e registro em DVD dos poetas que serão entrevistados no programa “Alô comunidade”, transmitido pela Rádio Tabajara da Paraíba e retransmitido por uma rede de rádios comunitárias paraibanas. “Vamos integrar as rádios comunitárias numa série de programas onde seriam ressaltadas nossas heranças simbólicas ligadas à poesia popular”, esclarece Fábio.

O DVD será distribuído com 65 rádios comunitárias do Estado, além de Pontos de Cultura e outras entidades ligadas à cultura popular. “A rádio comunitária, como elemento de comunicação popular e democrática, tem como um dos seus mais importantes objetivos a difusão cultural e a preservação da cultura da região onde atua”, ensina Mozart. 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Yandê é a primeira rádio online indígena do Brasil

 Caiu no ostracismo a ideia de que indígenas só fazem música tradicional. Isso é tão antigo quanto o que aprendemos sobre os índios nos tempos de escola. Hoje, eles produzem e cantam rap,rock, dub e, aqui no Brasil, até MPB e forró. Prova viva são as diferentes nacionalidades, línguas e etnias que se misturam na programação da Yandê, a primeira rádio indígena online do Brasil.