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terça-feira, 8 de maio de 2018

Avanço nas rádios comunitárias do Uruguai eleva o país no ranking da liberdade de imprensa



De acordo com a classificação mundial de liberdade de imprensa, divulgada pela organização Repórteres sem Fronteira, o Uruguai está na 20ª colocação no mundo, enquanto o Brasil ocupa a 102ª colocação. O Uruguai é visto como um modelo para a América do Sul porque, de acordo com Repórteres sem Fronteira, “as regulamentações de rádios comunitárias garantem um ambiente favorável aos jornalistas. A Lei dos Serviços de Comunicação de Radiodifusão, adotadas em dezembro de 2014, incentiva o pluralismo dos meios de comunicação e estabeleceu um Conselho de Comunicações de Radiodifusão, independente do Governo.
Para o coordenador de comunicação e cultura da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), José Guilherme Castro, vários países da América do Sul estão avançando positivamente na questão e deixam o Brasil numa situação cada vez mais vergonhosa.
“No Uruguai, o direito de falar deixa de ser caso de polícia e passa a ser potencializado pelo Estado. Mudança de enfoque total. Que essas ondas de liberdade possam atingir o Brasil. Quem aqui no Brasil tem o dossiê que sabe o que é movimento de radiodifusão comunitária? É a Polícia Federal”.
De acordo com José Guilherme, nos últimos cinco anos cerca de cinco mil pessoas foram condenadas pela Justiça no Brasil por trabalharem com comunicação comunitária. Ele também destaca que o valor dos equipamentos apreendidos pela Polícia Federal representa mais do que o triplo dos recursos do Estado para projetos culturais.